Leve um mito para casa.

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.


Nacional – 95 minutos
Direção: Glauber Rocha

Certamente todo mundo já ouviu falar em Glauber Rocha e neste que é seu principal filme. Mas, nem todos tiveram a oportunidade de assistir ao “Dragão”.
Alguns porque nasceram quando o filme já tinha sido engavetado pelos militares, outros porque na época estavam mais interessados em outro tipo de cinema.
Eu já tinha lido sobre esta cópia restaurada que seria lançada em DVD e fiquei particularmente feliz porque toda uma geração de cineastas aqui e em diferentes países foi despertada para um novo cinema a partir deste filme. O meu interesse por cinema nasceu exatamente na primeira vez que fui exposto à violência cênica de Glauber e, confesso, nunca mais tive um impacto assim ao ver um filme. Pode gostar ou não do filme, mas certamente todo mundo que se encanta com o cinema tem obrigação de ver e rever Glauber Rocha.

Tirando leite das pedras.

Uma História de Amor – Dedication

Americano – 95 minutos
Direção: Justin Theroux

Da mesma forma como diversas pessoas podem contar a mesma história de forma diferente, alguns autores conseguem pegar um tema banal e tratá-lo de uma forma tão rica que se torna original e marcante. Só para dar um exemplo: Romeu e Julieta, uma historinha boba que se tornou marco literário.
Em Dedication (me recuso a usar o título idiota em português) o diretor usa tudo que tem direito, fotografia, locações, riqueza de personagens, diálogos fortes, atores talentosos, para fazer um belo filme. Não deixe de ver.

Money, money.

Loucas Por Amor, Viciadas em Dinheiro – Mad Money


Americano – 104 minutos
Direção: Callie Khouri

Diane Keaton é disparada a melhor atriz em comédia nesses tempos bicudos do gênero. O filme é divertido, a história é legal e, por ser uma comédia, não tem o final moralista da maioria dos filmes americanos.

Faltou Curry

Viagem a Darjeeling – The Darjeeling Limited

Americano – 91 minutos
Direção: Wes Anderson

Outra comédia, esta um pouco atrapalhada pela pretensão dos autores em fazer um filme criativo. De qualquer forma, tem bons momentos e na falta de coisa melhor, pode levar para casa.

Quase lá.

O Tempo que Resta – Le Temps qui Reste

Francês – 81 minutos
Direção: François Ozon


A idéia do argumento é boa: o que um cara no auge da vida e da carreira faria se descobrisse que iria morrer em poucas semanas ou meses?
Poderia ser um filme brilhante, mas falta pegada e o roteiro se perde com situações paralelas que tentam humanizar o personagem, mas deixam o filme meio capenga.

Que eles existem, existem.

O Orfanato – El Orfanato

Espanhol – 100 minutos
Direção: Juan Antonio Bayona

Um bom programa para quem curte coisas do além. Quem se caga de medo com isso, como eu, pode ver sem sustos: não é dos mais apavorantes, não. O interessante é ver como uma escola de cinema sem tradição no gênero lida com o tema.

Brasília fazendo escola.

Um Plano Brilhante – Flawless

Inglês – 108 minutos
Direção: Michael Radford

Pipocão total. Inspirado em um gênero que fez muito sucesso nos anos 70, temos aqui a plastificada Demi Moore e o incansável Michael Caine metendo a mão na maior reserva de diamantes do mundo (daí o infeliz jogo de palavras do título). Uma grande e divertida bobagem.